A Perseguição em Matsubagayatsu

Nichiren Shonin construiu um eremitério em Matsubagayatsu, Kamakura, provavelmente em 1254, um ano após deixar o Templo Seichoji em Kominato. Ali, começou suas atividades de propagação. Muitos discípulos e seguidores leigos se juntaram a ele. De acordo com uma lenda, ocorreram encontros com líderes dos seguidores leigos naquele tempo. Em 28 de abril de 1254, exatamente um ano após ele deixar o Templo Seichoji, Nichiren Shonin e Shijo Kingo (1229-1296) se conheceram quando Shijo Kingo ofereceu seu guarda-chuva a Nichiren Shonin que voltava à noite para seu eremitério sob uma forte chuva repentina.

Nichiren Shonin é muito conhecido por suas pregações nas ruas de Kamakura. Mesmo assim não era possível ele pregar em suas ruas movimentadas, a então capital do país, portanto, as pregações nas rua podem não ter ocorrido. Os historiadores alegam que as pessoas ouviam Nichiren através da janela do eremitério que ficava de frente para a rua. Com a popularização de suas pregações, o número de pessoas que comparecia no eremitério para ouvir suas pregações através da janela aumentou. Segundo os historiadores, isto veio a ser chamado como pregação de rua de Nichiren nos dias posteriores.

Um forte terremoto atingiu Kamakura em 1257. Quase todos os santuários e templos desabaram. Cenas terríveis após o terremoto estão descritas em detalhes nos escritos de Nichiren Shonin. As descrições dele correspondem com a descrição do “Azuma kagami”, um registro oficial do Shogunato de Kamakura, em muitos aspectos. Desta forma, os escritos de Nichiren Shonin, incluindo muitas cartas enviadas para seus seguidores, são altamente reconhecidos como materiais históricos autênticos. No “Ankokuron-goyan-yurai”, ele menciona o forte terremoto de 23 de agosto de 1257 e o vento violento de 01 de agosto de 1258. Estes registros correspondem àqueles do “Azuma kagami”.

Nichiren Shonin escreveu o “Rissho ankoku-ron” (Estabelecer a Justiça e Trazer Paz para o País) em julho de 1260. Neste livro, ele propôs o método de dar fim aos infortúnios do ponto de vista religioso.  Como resultado, seu eremitério foi queimado por uma multidão hostil em agosto do mesmo ano.

De acordo com uma lenda, Nichiren Shonin foi salvo por um macaco. Seu eremitério foi incendiado e queimado em 27 de agosto, no dia de “Taishaku-ten (deus)” (Devendra ou popularmente conhecida como Indra). Naquele dia, Nichiren Shonin estava oferecendo entoação do sutra para o deus Taishaku. O macaco é conhecido como mensageiro do deus Taishaku. Casualmente, Nichiren Shonin abriu um pouco a janela para ver a lua. Do lado de fora havia um macaco branco. O macaco puxou as mangas do manto de Nichiren Shonin. Achando estranho, ele escalou a montanha situada atrás do seu eremitério, guiado pelo macaco branco e chegou a uma caverna. De lá da caverna, ele viu seu eremitério pegando fogo.

Yigahama

Quando o eremitério de Nichiren Shonin foi atacado e queimado por uma multidão (em 28 de agosto de 1253 do calendário lunar), Nichiren fugiu para uma caverna numa montanha próxima. Ele permaneceu lá por três dias se alimentando de nozes e morangos selvagens trazidos pelo macaco. Situa-se ali agora o Templo Hosshoji do “campo do macaco”.

Correu um boato que Nichiren Shonin estava morto. Toki Jonin (1216-1299), um de seus devotos seguidores, com sucesso encontrou Nichiren vivo e o convidou para ir para sua mansão na presente Cidade de Ichikawa, Prefeitura de Chiba. Após permanecer lá por um tempo, Nichiren Shonin retornou para Kamakura e retomou as atividades de propagação.

O número de seus seguidores aumentou rapidamente. Conscientes da crise, os sacerdotes de outras escolas difamaram Nichiren para o shogunato. Naquele tempo, o administrador principal do shogunato em Kamakura era o Regente Hojo Nagatoki, cujo pai, Shigetoki, era um crente fervoroso do Buda Amida. Levando em consideração a crença do seu pai, o Regente Nagatoki prendeu Nichiren e o exilou em Izu em 12 de maio de 1261.

Muitos discípulos e seguidores se reuniram na Praia de Yuigahama em Kamakura, onde um barco com Nichiren a bordo estava pronto para zarpar. Nichiro (1245-1320), um jovem discípulo de Nichiren de 16 anos de idade, agarrou-se a corda de ancoragem do navio. Um guarda Samurai golpeou Nichiro esmagando seu braço direito.

 

Nichiren Shonin, já a bordo do barco, gritou bem alto “Por favor, o perdoe. Ele é muito jovem”. Então ele chamou Nichiro em voz alta. Nichiro também chamou pelo nome de seu mestre em voz alta. Despedindo-se de Nichiren Shonin, Nichiro chamou repetidamente por seu mestre e começou a entoar o daimoku. Ele estava incapacitado de juntar suas mãos em prece porque um dos seus braços estava quebrado.

Nichiren Shonin também começou entoar o daimoku. O barco deixou a costa enquanto um coro de daimoku espalhou-se pelo ar. Os discípulos e seguidores caíram em prantos com a dor da despedida na praia.

Ito, o Local de Exílio

Após comovente despedida na Praia de Yuigahama em Kamakura, no dia 12 de maio de 1261 (calendário lunar), o barco com Nichiren Shonin a bordo cruzou a Baia de Suruga e chegou no mesmo dia em Ito na Península de Izu, o local de exílio. Em Ito, Nichiren ficou sob a custódia de Ito Hachiro-zaemon Tomotaka, o governante local.

Como o navio se aproximou da costa de Kawana próximo a Ito por volta das 4 da manhã, o vigia ordenou Nichiren a desembarcar do navio. “Sem vento favorável disponível agora para alcançarmos Ito. Você deve desembarcar do navio aqui e caminhar pela praia até Ito. Quando você avistar um arbusto escuro, alí é seu o lugar”. O vigia largou Nichiren em cima de uma rocha plana no mar ao largo da Praia de Kawana. Sentado na rocha, Nichiren ficou perdido sem saber o que fazer. Ito ainda estava muito longe. A rocha era banhada pelas ondas a medida que a maré subia.

Pouco tempo depois, um pescador remando um barco pequeno se aproximou da rocha. O pescador de Kawana, chamado Yasaburo, ficou surpreso por encontrar Nichiren sentado na rocha banhada pelas ondas. Ele perguntou a Nichiren, “Como você chegou aqui? Você desceu do céu? Foi uma águia que o pegou e o trouxe aqui?”

Yasaburo continuou, “A rocha plana onde você está sentado é chamada “manaita (tábua de cortar) iwa (rocha)” na península de Ito. Agora a rocha emerge na superfície do mar, mas submerge na maré alta”. Ele resgatou Nichiren e o levou para sua casa em Ito.

O dia que Yasuburo salvou Nichiren corresponde ao 13º dia do dia memorial de sua mãe. Ele e sua esposa forneceram-lhe comida, roupas e abrigo, e cuidaram dele apesar do aviso do governo local de que aqueles que cuidassem do exilado estariam sujeitos a punição severa. Nichiren permaneceu com o casal de pescadores por trinta dias ou mais antes de ser transferido de Kawana para Ito, onde ele ficou exilado por quase dois anos até 22 de fevereiro de 1263.

Enquanto Nichiren estava hospedado com o casal de pescadores, Ito Tomotaka, o governante local de Ito, tomou veneno e entrou em estado crítico. Isso ocorreu no meio de maio logo após Nichiren ter sido exilado em Ito. Ayabe Masakiyo, um parente do governante propôs, “Apesar de Nichiren estar no exílio, ele mantém fé no Sutra do Lótus, o que é mais sagrado. Vamos pedir para que ele reze pela recuperação do senhor”. Mediante o pedido, Nichiren visitou o governante em Ito em 17 de junho para entoar o Sutra do Lótus à beira de sua cama. O governante recuperou a consciência em três dias e quase se recuperou em cinco dias. Em agradecimento, o governante presentou Nichiren com uma imagem do Buda que foi recolhida do mar no ano anterior, quando um pescador lançou uma rede de pesca na superfície luminosa do mar.

Acreditando ser uma estátua do Buda Amida, os aldeões como também todos que vinham da vizinhança ofereceram preces para a estátua entoando o nome do Buda Amida. Independentemente da sua oração, uma febre se alastrou entre eles, muitos dos quais foram vítimas. Ao analisar a estátua com cuidado verificou-se ser a estátua do Buda Shakyamuni e não a do Buda Amida. Os aldeões sentiram repulsa e a entregaram ao governante local.

Ao receber a estátua do Buda Shakyamnuni do governante local Nichiren Shonin estava tão feliz como se ele fosse o Bodhisattva da Prática Superior encontrando com o Buda Eterno. Acreditando que o aparecimento do Buda Eterno no mar indicava o momento ideal para divulgar o Sutra do Lótus, Nichiren manteve a estátua por toda sua vida.

Nichiji Shonin (1250 -?)

Nichiren Shonin foi libertado do exílio de Izu no 22º dia do segundo mês do terceiro ano da Era Kocho (1263). Acredita-se que Hojo Tokiyori, o homem mais poderoso do shogunato, tomou providencias para a libertação de Nichiren. Embora ele tenha renunciado ao posto de Regente Shogunal, ele manteve o poder real do governo militar.

Consequentemente, Nichiren Shonin encaminhou seu “Rissho-ankoku-ron” (Tratado sobre Difundir a Paz pelo País Estabelecendo o Dharma Verdadeiro) ao ex-Regente Hojo Tokiyori. Tokiyori admirou a atitude corajosa de Nichiren Shonin, mas ignorou o “Rissho-ankoku-ron”. Isto porque naqueles dias quem ousasse se dirigir diretamente a um homem de autoridade máxima deveria estar preparado para receber a pena capital. Tokiyori faleceu no ano que o banimento de Nichiren Shonin foi suspenso. Depois disso, o governo oprimiu Nichiren com mais rigor do que antes.

Reza a lenda que doenças e sonhos sinistros assediaram figuras de liderança do shogunato após o banimento de Nichiren Shonin para Izu. Hojo Shigetoki, pai de Nagatoki, o sexto Regente Shogunal, morreu doente. Nagatoki e Tokimune, filho de Tokiyori e o oitavo Regente Shogunal, eram assombrados por um pesadelo todas as noites. Foi um sonho em que eles viram Shigetoki contorcer-se em agonia em um veículo em chamas. E mais, seus membros ficaram dormentes, embora eles não estivessem doentes, e seus tórax doíam. Muitos monges copiaram o Sutra do Lótus, e realizaram serviço religioso especial na tentativa de salvá-los dos seus sofrimentos. No entanto, seus arrependimentos de exilar Nichiren Shonin não desapareceram. Finalmente, eles decidiram libertar Nichiren Shonin.

No 22º dia do segundo mês no terceiro ano da Era Kocho (1263), Nichiren Shonin estava entoando o Sutra do Lótus de frente para o sol na praia de Izu. Um desconhecido se aproximou dele e disse, “Chegou a hora de você deixar este lugar”. Em seguida o desconhecido desapareceu.  O aviso de sua libertação chegou naquele dia.

Após regressar para Kamakura, Nichiren Shonin observou a condição do mundo por um tempo. Naqueles dias, Nichiji (1250-?) se tornou discípulo de Nikko (1246-1333). Para ser exato, foi em 1263 quando Nichiji estava com 14 anos de idade. Nichiji aos 21 anos de idade, impressionado com a doutrina de Nichiren Shonin, se tornou discípulo de Nichiren (em 1270). Ambos, Nikko e Nichiji, foram nomeados membros dos “Seis Discípulos Superiores” de Nichiren Shonin no momento da morte de Nichiren. Após cumprir o 13º aniversário em memória de Nichiren Shonin, Nichiji decidiu partir para uma missão de propagação no exterior. Seus rastros podem ser constatados na parte norte do Japão, a saber Prefeitura de Aomori e Hokkaido. A partir dali, consta que ele viajou para a China Continental, mas não há vestígios autênticos dele por lá.

De acordo com a lenda, Nichiji subiu o Monte Minobu no 13º dia de memória de Nichiren Shonin em 1294 e despediu-se da estátua do nosso Fundador, comunicando sua decisão de ir para o exterior em trabalho missionário. Ele partiu do Templo Ren-eiji, Prefeitura de Shizuoka, que foi fundado por ele mesmo, no dia de ano novo do ano seguinte, acenando com as mangas do seu manto para seus discípulos. Ele estava com 46 anos de idade.

Nichiji viajou pelo nordeste do Japão e chegou em Hirosaki, na presente Prefeitura de Aomori, onde ele escreveu o Odaimoku numa rocha à beira do caminho como sua última homenagem no Japão. Fala-se que Nichiji em seguida foi até Hokkaido, a ilha mais setentrional do Japão, e de lá partiu para a China Continental. Mas seu paradeiro ficou desconhecido desde então. Portanto, o primeiro dia do primeiro mês no ano de 1295, quando ele deixou o Templo Ren-ciji, é considerado como o dia de seu falecimento.

Existe uma “vila do Sutra do Lótus” e muitos “templos do Sutra do Lótus” na China e Korea. Estes foram fundados supostamente por Nichiji. Um livro de história alega que uma bandeira com o daimoku foi encontrada no exército chinês na época da invasão japonesa da Korea. Também foi reportado que dezesseis tripulantes japoneses naufragados foram levados para o Templo Nichiren-zan Hokekyoji, um dos dezoito templos do Sutra do Lótus, onde eles encontraram o túmulo de Nichiji no qual estava escrita a data de 18 de maio, indicando o dia de sua morte, mas o nome do ano não estava mencionado.  

Nichiren Shonin regressou a sua casa em Kominato para ver sua mãe que estava doente em 1264. Em sua carta, “Kane jogo, gosho”, Nichiren afirma que a vida dela foi estendida em quatro anos devido às orações que ele fez por ela. É um fato histórico que Nichiren Shonin preparava encantos e amuletos para seus seguidores leigos. Ele também realizava serviços de orações para recuperação de doença e para expulsar espíritos maus para aqueles em “idade avançada”. Contudo, não há registros provando que Nichiren usava um rosário e uma espada de madeira, como os mestres gokito modernos da Ordem da Nichiren Shu usam nos serviços de orações. O método de serviços de orações da Ordem da Nichiren Shu como é realizado atualmente se popularizou no Período Edo (1600-1868), embora sua origem possa ser rastreada até Nichiren Shonin (1222-1282) e Nichizo Shonin (1267-1342).

 

Preocupado com sua mãe, Nichiren Shonin viajou para casa acompanhado por seus discípulos. Diz a lenda que foi no outono de 1264 quando gansos selvagens grasnindo foram vistos voando no céu. Ao chegar na casa dos pais, ele encontrou muito barulho dentro de casa.  Sua mãe, que estava doente na cama, estava no seu último momento. Ele correu para sua mãe e chamou por ela, “É o Nichiren”. Mas ela não respondeu. Nichiren Shonin escreveu imediatamente um gohonzon e começou entoar o Odaimoku e uma passagem do capitulo 23º “Bodhisattva Rei da Medicina”, onde se lê “Cura instantânea de doença”. Então, miraculosamente, a mãe dele abriu os olhos e começou entoar o Odaimoku. Nichiren Shonin ficou muito agradecido por isto e permaneceu ao lado dela na cama por muitos dias, contando-lhe muitas histórias.

Naqueles dias, uma epidemia estava se alastrando em Kominato, cidade natal de Nichiren. Ele escreveu o Odaimoku num pedaço de tecido branco e pediu a um pescador para colocá-lo na popa do seu navio ao longo da praia vizinha. Ele também anotou sentenças do Sutra do Lótus numa pedra e a afundou em um poço e fez pessoas doentes beberem água do poço. Graças a esse método de oração, a epidemia diminuiu, assim contam.

Em meados de setembro, Nichiren fez contato com Dozen-bo, seu professor, do Templo Rengeji Hanabusa na presente Cidade de Kamogawa, Prefeitura de Chiba. O velho Dozen-bo superou dificuldades e veio para o Templo Rengeji. Ele ficou tão feliz de ver Nichiren Shonin, que foi às lágrimas. Após Nichiren retornar ao Templo Seichoji, Tojo Kagenobu, um administrador local, ficou enfurecido ao saber que Nichiren Shonin estava por perto. Tojo era um crente fervoroso do Buda Amida.

Desde 1253, quando Nichiren Shonin declarou pela primeira vez sua fé no Sutra do Lótus entoando o Odaimoku e criticando o culto do Buda Amida. Nichiren ficou malvisto pelo administrador Tojo.

Por volta do meio dia, no 9º dia do 9º mês de 1264, Nichiren e seus discípulos, um grupo de cerca de dez pessoas partiram do Templo Rengeji para a mansão de Kudo Yoshitaka, a convite de Lorde Kudo, entoando o Odaimoku. No meio do caminho, o grupo foi emboscado pelo Administrador Tojo e suas tropas, uns cem ou mais em números. O grupo de Nichiren estava desarmado. Dois dos seus discípulos foram mortos de imediato. Ao ouvir sobre o ataque, Lorde Kudo correu para o local sem sua armadura e também foi morto pelas tropas de Tojo.

O Administrador Tojo, montado em seu cavalo, galopou na direção de Nichiren. Nichiren entoou as orações dos nove kanji (caracteres chineses) “Myo-ho-ren-ge-kyo Jo-hon-dai-ichi” empunhando seu rosário e escapou do ataque de Tojo, embora ele tenha sofrido um corte de espada na testa. Quando Tojo tentou repetir seu ataque contra Nichiren, Hariti que fez voto de proteger o budismo, apareceu e encarou Tojo. Surpreendido, Tojo caiu do seu cavalo. Nichiren e seus discípulos fugiram. Assim sua vida foi salva.

Com um ferimento na testa doendo, Nichiren se abrigou em uma caverna de uma montanha com neve para descansar. Enquanto ele entoava o Odaimoku, uma senhora idosa portando um rosário e uma vara passava por ali. Ao perceber a ferida de Nichiren, ela tirou seu chapéu forrado com algodão e cobriu a ferida de Nichiren. Esta é a origem do costume entre Budistas Nichiren de colocar um chapéu forrado com algodão na cabeça da estátua de Nichiren no inverno.

 

(*) A Lenda de Nichiren Daishonin: coletâneas de artigos publicados no Nichiren Shu News nas edições de fevereiro, abril, junho, agosto e outubro de 2005, traduzidos pela equipe de tradução da Nichiren Shu Brasil em março de 2019.

free vector