Ao recobrar sua força física exaurida por anos de práticas ascéticas muito duras, após aceitar o alimento oferecido por Sujata, Siddharta Gautama cruzou para a margem oposta do rio Neranjara, indo em direção à vila de Gaya, procurando por um novo local de prática. Mais tarde, esse local foi chamado de Bodhgaya. Sentado debaixo de uma árvore, que ficou conhecida como árvore Bodhi, Siddharta assim decidiu: “Não saio daqui até atingir a Iluminação!”
Incomodando-se com a Iluminação espiritual de Siddharta, o demônio chamado Mara o perturbou várias vezes, numa expressão da luta interna que certamente ocorreu no coração de Siddharta. Então, com sede pela Verdade, continuou a sua procura até que enfim, conseguiu alcançar o Despertar.
No dia oito de dezembro, aos 30 anos, quando viu a Estrela da Manhã, Siddharta disse, “O demônio foi derrotado”, proclamando assim a sua Iluminação. A pessoa que alcançou a Iluminação é a pessoa que se tornou um una com a Verdade. Na Índia tal pessoa era chamada de Buda, que significa “a pessoa que acordou, despertou”. Como as pessoas diziam que ele era um Sábio (Muni) nascido em Shakya, e o chamavam de Buda, ele ficou sendo conhecido como “Buda Shakyamuni”.
Mas, para qual Verdade o Buda Shakyamuni se iluminou? As pessoas pensam somente em sua própria existência, procurando algum tipo de auto-salvação. No entanto, o Ensino que Shakyamuni compreendeu foi
“Se esse existir, aquele existe. Se esse não existir, aquele não existe. Portanto, se esse é destruído, aquele é destruído”.
Em outras palavras, o Buda entendeu que devemos ajudar uns aos outros, cooperar uns com os outros, pois a existência de um não está desligada da existência do outro.
Shakyamuni chegou a iluminação por entender que a vida somente pode existir devido a relação de um com os outros. Essa foi a Iluminação de Shakyamuni, através da qual podemos nos libertar da velhice, doença e morte e entender o valor da nossa vida atual.