Qual é nossa maior prioridade na vida? É acumular saúde, ou ter uma vida sexual, ou obter fama, ou poder? Talvez carreira e família sejam uma das maiores prioridades. Para algumas pessoas, salvação ou iluminação é uma grande prioridade. Todos tem uma preocupação principal. Isto forma nossa abordagem básica para a vida e motiva nossas ações. Algumas prioridades podem nos parecer rasas ou até mesmo destrutivas, outras podem nos parecer profundas ou ao menos mais responsáveis. A grande preocupação de um garoto de dezessete anos talvez seja mais sexual em sua natureza. Uma mulher no final dos seus trinta anos que ainda não teve um bebê poderia pensar que seu relógio biológico esta em uma de suas principais preocupações. Jovens de seus vinte anos podem se encontrar preocupados em seus relacionamentos ou carreiras como prioridade máxima. Idosos se encontrariam preocupados com doenças e com a morte que se tornam suas prioridades. Entre pessoas religiosas, fé em Deus ou alguma verdade absoluta é frequentemente sua preocupação máxima que põe todas as outras preocupações em perspectiva.

Nichiren gohonzon

No budismo japonês, o termo honzon (ou gohonzon se o kanji honorífico “御 go” for acrescentado) é utilizado para os símbolos religiosos que são de extrema importância. O gohonzon tem sido traduzido de diferentes formas como “objeto de reverência”, “O mais admirável”, ou “foco de devoção.” Eu prefiro “foco de devoção” por razões que espero deixar claro logo a seguir.

Primeiramente, o gohonzon é aquele que é reverenciado ou visto como o mais digno de respeito e devoção. Ele pode ser uma pessoa, tal como o Buda. No budismo Terra Pura, por exemplo, o gohonzon é o Buda Amitabha (jp: Amida), o Buda da Luz Infinita cujo nome eles recitam afim de nascerem em sua Terra Pura. Entretanto, nem sempre é uma pessoa ou “O mais Venerável”. Algumas vezes, o gohonzon é algo mais abstrato como “A verdade” ou o Maravilhoso Dharma. Além disso, o gohonzon é, de forma secundária, apenas uma descrição concreta de algo de extrema importância: o termo gohonzon pode ser utilizado para se referir a uma estátua, uma pintura, um mandala, ou alguma outra representação artística, mas originalmente o gohonzon não é um objeto. Ao invés disto ele é a realidade última ou ser divino que esta tal representação concreta aponta. Apesar de que o gohonzon físico fornece um foco concreto para nossa devoção e contemplação, o gohonzon em seu significado completo transcende qualquer forma particular ou conceito utilizado para representá-lo, embora os inclua da mesma forma. Ele certamente não é uma mera imagem ou objeto de reverência. Em vez disso, o gohonzon é a natureza generosa e compassiva da realidade a qual todos os seres podem despertar tal como sua própria.

Por que o Budismo deveria ter um foco de devoção? Budismo é baseado na ideia de cultivar a introspecção e o discernimento (insight) e normalmente não se preocupa com a reverência de algum ser transcendente ou deidade. Entretanto, a iluminação é indescritível e desafia qualquer expressão, requer um estado de clareza e foco que a mente comum do ser humano tem dificuldade de manter por si mesma. A mente constantemente agita-se a procura de algo interessante ou prazeiroso com o que se ocupar. É algo parecido como um macaco que gasta boa parte de seu tempo pulando de árvore em árvore a procura de comida. Criando e utilizando imagens tais como o gohonzon, a mente pode obter um foco que a ajuda a se manter longe da agitação incontrolável. Este ponto focal pode também motivar, inspirar e desafiar-nos. O foco de devoção, portanto, é o meio pelo qual budistas têm como expressão ou representação da iluminação, o objetivo final da prática budista.

A forma física de tais focos de devoção também servem como um lembrete de que o Buda Dharma não é sobre princípios abstratos e teorias. Ao invés disso, o Dharma é a realidade vivenciada. Ele nos desperta através da vasta relação e interrelação dentro do mundo real que afeta as impenetráveis atividades interiores de nossas próprias mentes e corações. O foco de devoção, por isso, não é para ser venerado como um ídolo, algo fora de nós mesmos e separado da realidade diária. Ao invés, ele é uma expressão da iluminação, presente de uma maneira que calorosamente e intimamente envolve nosso completo ser com a vivência real da natureza búdica.

Nichiren percebeu que clarificar o que deveria ser o verdadeiro foco de devoção para os budistas era de grande importância, porque isto revela a natureza das nossas aspirações e determina o foco da nossa concentração e esforço. Para este fim, Nichiren ensinou que o foco de devoção adequado é o Eterno Buda Shakyamuni ensinando o Maravilhoso Dharma do Sutra da Flor de Lótus a todos os seres vivos durante a contínua Cerimônia no Ar, descrita no próprio sutra.

Na seguinte passagem do texto escrito por Nichiren, Contemplação Espiritual do Foco de Devoção (jp: Kanjin Honzon-sho), ele descreve sua visão a respeito do foco de devoção dos ensinamentos essenciais do Sutra do Lótus:

      O foco de devoção na cena da transmissão do “Namu Myoho Renge Kyo” pelo Eterno Buda aos seus discípulos originais:

Suspenso no céu, acima do mundo Saha do Eterno Buda Shakyamuni está um estupa de tesouros, no qual Shakyamuni Buda e o Buda Muitos Tesouros sentam do lado esquerdo e direito de “Myoho Renge Kyo” Eles estão acompanhados dos quatro bodhisattvas, tais como o Prática-Superior, representando os discípulos originais do Eterno Buda que foram convocados para vir debaixo da terra. Quatro outros bodhisattvs incluindo Manjushri e Maitreya, tomam lugares mais abaixo, como seguidores, e outros grandes (e menores) bodhisattvas – aqueles convertidos pelo Buda na seção teórica e aqueles vindos de outras terras – igualmente a numerosas pessoas sentadas no chão e olhando os nobres acima. Também alinhados ao chão estão as emanações dos Budas reunidos juntos de todos os mundos do universo em exaltação aos ensinamentos do Buda, representando Budas provisórios em seus respectivos mundos.

O Buda Shakyamuni não revelou o verdadeiro foco de devoção como este em nenhum outro lugar durante os mais de 50 anos de ensinamento em sua vida. Apesar de ele ter passado oito anos ensinando o Sutra do Lótus, a discussão estava limitada ao ensinamento realizado no céu acima do Pico do Abutre, recontada em oito capítulos. Durante os dois milênios após a morte do Buda Shakyamuni, nas Eras da Verdade do Dharma e da Aparência do Dharma, alguns veneraram o Buda Shakyamuni acompanhado por Kashyapa e Ananda, como descrito nos sutras Hinayanas* (cânone pali); outros o veneraram acompanhado por bodhisattvas como Manjushri e Samantabhadra como contado nos sutras provisórios do Mahayana, no sutra do Nirvana ou na parte teórica do Sutra do Lótus. Muitas estátuas de madeira e retratos foram feitos do Buda Shakyamuni ensinando os sutras Hinayanas ou os sutras provisórios do Mahayana, mas estátuas e retratos do Eterno Buda Shakyamuni revelado no capítulo “A duração da vida do Buda” no Sutra do Lótus nunca foram feitos. Agora, no início da Era da Degeneração do Dharma, não será a hora para que estas estátuas e retratos sejam feitos pela primeira vez?

Agora para entender esta passagem, vamos revisitar o Sutra do Lótus, particularmente aquelas passagens que revelam a identidade do Buda Shakyamuni como o Eterno Buda.

gohonzon

O sutra abre com o Buda Shakyamuni no Pico do Abutre em Rajagriha (também conhecido como Montanha Gridhrakuta, seu nome em sânscrito) em direção ao final de sua vida. Ele está cercado por uma numerosa multidão de monges, monjas, homens e mulheres leigos, deuses, demônios, dragões, vários outros seres sobrenaturais, e bodhisattvas. Após 40 anos de liderança gradual de seus discípulos ao entendimento profundo e completo do Dharma, o Buda finalmente começa a expor o Maravilhoso Dharma do Sutra da Flor de Lótus após uma espetacular demonstração de diversas maravilhas.

O Buda ensina à assembléia que apesar da aparente diferença em objetivos e métodos os quais ele usou para ensinar diferentes pessoas em diferentes momentos, o Buda estava na verdade ensinando apenas o Veículo Único (ekayana) por todo o tempo. É chamado de Veículo Único porque os vários e diferentes ensinamentos que o Buda direcionou aos seus discípulos, os particularmente despertos, e aos bodhisattvas, tinham apenas um único objetivo, atingir a iluminação. A aparente diferença nos objetivos e métodos eram simplesmente métodos habilidosos que o Buda utilizou para liderar diferentes tipos de pessoas a descobrirem suas próprias naturezas búdicas. Além disso, o Buda explica que todos os seres são capazes de atingir a iluminação, sem excessão. A natureza búdica é a verdadeira natureza de todos os seres. Na natureza búdica não existem barreiras entre raça, classe, gênero, etnicidade, religião, orientação sexual, ou até mesmo qualidade moral. O Veículo Único ensina que todas as pessoas são capazes de atingir a iluminação; todos os ensinamentos anteriores do Buda, separados por “veículos”, são meios hábeis liderando as pessoas ao Veículo Único.

Depois que o Buda ensina a universalidade do Veículo Único, um grande estupa de tesouros (um relicário budista em formato de torre) emerge do chão. De dentro do estupa um Buda chamado Muitos Tesouros certifica e aprova a verdade que o Buda Shakyamuni ensina: “Excelente! Excelente! … Então é isto, então é isto. O que você, Shakyamuni, o mais prestigiado do mundo, tem exposto é tudo verdade.” A assembleia fica estupefata pelo que acontece e pergunta ao Buda o significado deste fenômeno. Em resposta às questões, o Buda explica que o Tathagata Muitos Tesouros é um Buda de um passado distante que fez um juramento de aparecer sempre que o Sutra do Lótus é ensinado. A assembleia então pergunta a Shakyamuni Buda para abrir o estupa de tesouros para que eles então possam ver o Tathagata Muitos Tesouros por eles mesmos. Antes de fazer isso, o Buda transforma o mundo na Terra Pura da Luz Tranquila. Então Shakyamuni Buda relembra todos os budas ideais das terras puras por todo o universo, revelando que eles são na verdade emanações dele, ao invés de independentes e separadas entidades. Finalmente, ele abre o estupa de tesouros e o Tathagata Muitos Tesouros se afasta para que então Shakyamuni Buda possa se juntar ao lado dele.

O estupa de tesouros eleva-se no ar. Shakyamuni Buda utiliza seus poderes transcendentais para permitir que toda a assembléia se eleve no ar junto com eles. Esta cena fantástica é chamada de “A Cerimônia no Ar”. Ela representa a natureza atemporal e onipresente do Maravilhoso Dharma. O surgimento do estupa de tesouros de dentro da terra representa a emergência da iluminação (o estupa) da superfície da natureza búdica na vida das pessoas (a terra). A transformação deste mundo é uma lembrança gráfica de que este mundo é a verdadeira terra pura onde a iluminação realmente ocorre. O chamado das emanações dos budas de outras terras puras revela que estes budas idealizados são personificações das qualidades da iluminação e a vida interior do Buda histórico Shakyamuni. A imagem do Tathagata Muitos Tesouros e Shakyamuni Buda sentados juntos, simboliza a unidade da verdadeira realidade da vida e a sabedoria da pessoa que acordou para esta realidade.

Durante a Cerimônia no Ar, Shakyamuni Buda chama a frente alguns bodhisattvas que surgem debaixo da terra. Ele revela que estes são os discípulos originais de um passado ancestral. Isto espanta a assembléia porque eles não entendem como ele pode ter ensinado tantos discípulos por tanto tempo já que ele apenas atingiu a iluminação quarenta anos atrás. Em resposta a suas questões sobre isto, Shakyamuni Buda revela que ele na verdade atingiu a iluminação em um passado tão remoto que não tem início. Além disso, ainda que de uma perspectiva provisória ele estivesse para morrer, ele iria na verdade continuar a ensinar e guiar outros em um futuro longíquo, tão distante que não tem fim.

A vida de um buda não pode ser discutida em termos de começo e fim, porque a verdadeira realidade da vida não tem começo e fim. Embora isto possa parecer contraditório, isto está alinhado com as três verdades: da vacuidade, realidade provisória e o caminho do meio. A vida do Buda não tem nascimento ou morte porque ela é uma expressão generosa da dinâmica e natureza interdependente da vida. Entretanto, como uma parte da dinâmica interage com todas as coisas, a iluminação do Buda desdobra em termos de conceitos mundanos como nascimento e morte, esforçando-se e despertando-se. Da perspectiva do caminho do meio, a vida iluminada do Buda é o que é e não pode ser definida nem como transcendente nem como mundana, embora ela demonstre ambos os aspectos.

Essencialmente, o capítulo dezesseis do Sutra do Lótus ensina que a verdadeira natureza da vida do Buda Shakyamuni é a verdadeira natureza de toda a vida, incluindo nossa própria. Isto significa que a vida do Buda e toda as suas qualidades iluminadas são tão presentes aqui e agora como eram a dois mil e quinhentos anos atrás na Índia quando o Buda estava ensinando o Sutra do Lótus.

Baseado em seu entendimento da Cerimônia no Ar, Nichiren ensinou que nós devemos tomar refúgio no Eterno Buda Shakyamuni revelado no Sutra do Lótus como a unidade dos aspectos histórico, ideal e universal da iluminação. Estes são manifestados pelo Buda Shakyamuni e são também o potencial que vive dentro de todos nós. O Eterno Buda Shakyamuni, portanto, deveria ser nosso foco de devoção se nós queremos realizar por nós mesmos a verdadeira natureza da vida iluminada do Buda e a nossa própria.

A fim de retratar esta compreensão, Nichiren inscreveu a Cerimônia no Ar como o “Omandala” ou Grande Mandala em caracteres chineses. O Grande Mandala não é uma idolatria ou uma poder externo que nós pedimos para interceder por nós. Ao invés disto, ele é um símbolo que expressa e transmite a imortal natureza do Eterno Buda Shakyamuni, que nunca nasceu e jamais morreu, para que então nós possamos receber o Maravilhoso Dharma diretamente por ele nas profundezas de nossas vidas. É claro, Nichiren não era contra utilizar estátuas ou retratos para representar o foco de devoção, como podemos ver na citação anterior da “Contemplação Espiritual do Foco de Devoção.

Na Nichiren Shu, existem cinco maneiras diferentes de representar o gohonzon:

  1. Uma estátua do Eterno Buda Shakyamuni.
  2. Uma estátua do Eterno Buda Shakyamuni cercado pelos quatro líderes dos bodhisattvas que surgiram debaixo da terra.
  3. Um conjunto de estátuas do Buda Shakyamuni com o Tathagata Muitos Tesouros, ambos ao lado de um estupa de tesouros com a inscrição “Namu Myoho Renge Kyo”. Esta é a representação mais utilizada nos centros dos templos. A frase Namu Myoho Renge Kyo é o Odaimoku, ou “Título Honorífico” do Sutra do Lótus.
  4. Uma inscrição do Odaimoku sozinho.
  5. O Grande Mandala representando o Odaimoku iluminando os dez mundos. Nichiren fez muitos destes mandalas; 128 deles ainda existem. Entre eles, a Nichiren Shu escolheu o Shutei Mandala que Nichiren fez em 1280 e que ele tinha consigo em seu leito de morte como o mandala que todos os membros utilizam em sua prática. O grande Mandala é a forma mais popular de gohonzon que normalmente é consagrada em casa.

Devemos notar que estas representações são apenas consideradas a serem o foco de devoção após receberem uma cerimônia de abertura dos olhos. Algumas versões desta cerimônia são encontradas quase universalmente dentro de várias escolas e tradições budistas. Algumas versões de outras escolas  são extremamente formais enquanto algumas outras são bastante informais. A cerimônia indica um objeto como uma representação do foco de devoção. Geralmente a cerimônia de abertura dos olhos é realizada por alguém a quem foi ensinado o significado e correto procedimento. Na maioria das escolas Nichiren esta pessoa é um reverendo ordenado o qual devotou sua vida para ensinar e praticar o Maravilhoso Dharma. O cerne desta cerimônia é a recitação de partes do Sutra do Lótus e do Odaimoku para despertar a natureza búdica do objeto para o qual a cerimônia está sendo realizada. O objeto é reconhecido daquele momento em diante como um símbolo vivo do foco de devoção; não mais simplesmente uma representação artística. Em outras palavras, devido à prática dos ensinamentos do Buda em seu nome por aquele que entende a essência do Sutra do Lótus, a estátua ou a mandala é tida como “aberto os olhos”e tornado-se um buda. Daquele momento em diante, representa a presença viva do Eterno Buda Shakyamuni e serve como um catalizador para a realização de nossa própria iluminação.

Este é um dos pontos mais importantes: os objetos são apenas expressões do foco de devoção; o verdadeiro foco de devoção é o Eterno Buda transmitindo o Maravilhoso Dharma para nós nas profundezas de nossas vidas. Enquanto estátuas e mandalas podem ser de grande ajuda, elas não podem magicamente nos garantir a iluminação, nem ao menos tem qualquer outro tipo de poder para nós ou sobre nós, exceto como uma ajuda concreta para a nossa própria prática budista. Não deveríamos nos tornar obcecados ou dependentes destes objetos, não importando o que eles representam ou qual estado de vida eles estão expressando. O ponto de partida é a nossa própria prática e realização. O verdadeiro foco de devoção está no interior de nossas vidas.

A respeito disso, Nichiren constantemente advertiu seus seguidores a nunca procurar o foco de devoção fora deles mesmos. O Grande Mandala que Nichiren inscreveu mostra todos os chamados dez mundos de existência, do inferno, ao céu, e outras formas de existências todas a caminho do mundo da iluminação, iluminado pelo Maravilhoso Dharma do Sutra da Flor de Lótus. De acordo com uma carta tradicionalmente atribuída a Nichiren, este mandala gohonzon é uma descrição da verdadeira natureza de nossas vidas. Através de nossa fé no Sutra do Lótus nós seremos capazes de despertar para a realidade e completa expressão do mundo da iluminação que reside profundamente dentro de todos nós:

Nunca procure o gohonzon fora de você mesmo. Quando nós seres vivos abraçamos o Sutra do Lótus, o gohonzon reside dentro de nosso próprio corpo que recita “Namu Myoho Renge Kyo”. Nós chamamos isto da cidade natal da verdadeira condição, a nona (ou pura) consciência que é a mente suprema. Possuir os dez mundos (do inferno à iluminação) significa que todos os dez mundos sem excessão existem dentro de cada um dos mundos. Por esta razão isto é chamado uma mandala. Mandala é uma palavra indiana. Isto significa “perfeita posse” e também “Coleção de méritos”. Este gohonzon é estabelecido exclusivamente por dois caracteres que significam “mente de fé” Isto é o que o capítulo três do Sutra de Lótus quer dizer com a frase: “ganhando entrada pela fé”

Texto introdutório traduzido do livro “Lotus World: an illustrated guide to the gohonzon” escrito pelo reverendo Ryuei Michael McCormick.